31 maio 2009

Maratona de BTT em Penafiel

Estava eu no meu passeio matinal de bicicleta, em preparação para as minhas próximas férias nos Alpes, quando vejo um grande ajuntamento de BTTs. Era a 1ª Maratona de BTT de Penafiel. Por 10 euros poderia participar no percurso de 35Km que não sabia muito bem por onde andava nem quanto tempo demorava. Como não tinha dinheiro comigo limitei-me apenas segui o pelotão e infiltrei-me na corrida.


Cedo comecei a ultrapassar os mais gordinhos, depois os mais velhinhos e também os mais novinhos. Piquei-me com um dos poucos que me ultrapassou nesta fase inicial e fiz cerca de metade do percurso sempre atrás dele, até ao 1º posto de abastecimento. Aí optei por uma "refeição ligeira" e segui caminho o mais rápido possível, ganhando bastante tempo a mais de uma dezena de participantes. Ainda voltei a ser ultrapassado pelo mesmo corredor, seguindo novamente na roda dele, mas numa das subidas seguintes foi-se abaixo e ultrapassei-o novamente para nunca mais o ver...

Altimetria, bem durinha, do nosso percurso: desnível acumulado > 1500m

Como podem ver na parte final tinha uma enorme descida e uma subidinha final "a matar". Eu fui abaixo fisicamente cerca do quilómetro 32... ali naquelas 3 subidas finais, fazendo a mega-descida já sem fôlego mas sempre na roda dos mais rápidos. Naqueles 100m de desnível finais desmontei a bicicleta, empurrando-a vagarosamente subida acima, sendo ultrapassado por alguns dos mais directos "adversários", incluindo o meu amigo do picanço...

Olha ali um gajo de t-shirt laranja, sem número identificador!

Resultado final, cheguei no grupo da malta que fez 2h47m... lá para o 50º lugar, de 106 no total. Nada mau para o único participante que não estava equipado a rigor, que fez a prova com uma bicicleta com luzes traseiras, um assento mega confortável para o meu pai não aleijar o rabo e, mais importante, principalmente nas descidas, a campainha :)

24 maio 2009

Da orientação na Lourinhã e Torres Vedras até Mafra

Voltei finalmente a participar numa prova de orientação. Já tinha saudades! A última vez tinha sido em Penafiel, com o pretexto de levar a família. Desta vez, foi para levar a Isabel.


A prova estava dividida entre Torres-Vedras, onde se realizou a prova nocturna, e a Lourinhã, onde realizamos o circuito urbano. Percursos muito intensos que permitiram descobrir estas duas cidades!


Ambas as provas me correram bastante bem, o que me permitiu ficar em 2º lugar da geral, mesmo tendo faltado à primeira das três provas, pois a classificação é dada por pontos em função do melhor tempo (o meu). Para a próxima tenho de competir com os federados... mesmo não sendo um.

Como as provas acabam sempre cedo, no Domingo, ficamos com o resto do dia livre para passear. O objectivo era Mafra:


Fizemos um piquenique gourmet nos jardins anexos ao convento, bem mais barato que ir experimentar a gastronomia local...


Aproveitamos o fantástico sol de primavera para fazer algumas palhaçadas no relvado e quase íamos perdendo a última entrada para visitar o convento de Mafra...



A visita ao convento foi interessante, não fosse a Isabel uma perita em história da arte. Pena estarem a encerar o chão enquanto decorriam as visitas (ainda por cima ao Domingo) o que foi deveras irritante!

Fantástica e enorme biblioteca do Convento de Mafra

Foi um bom fim-de-semana. Curto mas bom. Tão cedo não voltarei a fazer orientação, é certo, mas ficarei atento ao site da federação.

20 maio 2009

Surpresas 2009

O passeio Surpresas, se bem se lembram, é uma actividade organizada na comemoração do aniversário da PT Inovação de Aveiro, onde estive a trabalhar durante cerca de 1 ano e meio. No ano passado foi assim, e ganhamos uma viagem ao Brasil! Este ano, o objectivo era manter a boa prestação do ano anterior e se possível, ganhar mais uma viagem! A pressão era grande.

Tema: "Piratas das Caraíbas"
Participantes: 50 equipas de 6: 300 pessoas no total
Prémios: 1º viagem às Caraíbas, 2º viagem ao Brasil, 3º viagem a Maiorca

A nossa equipa manteve-se e a estratégia também: preparar muito bem a prova nocturna de encenação e dar o máximo na prova diurna!

A nossa encenação de um jantar de Piratas!

Este ano a prova foi uma surpresa, como sempre. Todas as dificuldades dos anos anteriores estavam presentes: longas distâncias a percorrer, estratégias de prova, provas radicais e, a mais decisiva, os cromos!

Eu a explicar como fazer o salto do Tarzan! Prova superada in extremis

Este ano percebi que o factor diferenciador que iria distinguir a equipa vencedora seriam os cromos! Havia uma caderneta de 100 cromos a preencher. Cada equipa ia recebendo carteirinhas de cromos pelas provas que realizava. O objectivo era manter uma troca permanente de cromos entre equipas até conseguir completar a caderneta!

No final, os cromos que sobrassem eram convertidos em pontos, por isso, sempre que podíamos, andávamos a correr atrás de todas as equipas para trocar cromos!

"Descançadinho" a posar para a foto, mas pronto a arrancar!)

Foto tirada, agora deixem passar que eu quero ir para as Caraíbas!

A entrega durante o dia foi muita e andamos quase todo o dia na "frente da corrida" relativamente às outras equipas. Só teriamos de ter calma e responder correctamente a todas as perguntas do percurso, pois a estratégia estava perfeita.

À noite, a encenação correu-nos bastante bem. Tinhamos bons adereços como o esqueleto em tamanho real, algo que nos ajudou a diferenciar das outras equipas, pois todas estava vestidas de pirata, como nós (salvo raras e imaginativas excepções).


Além de algumas pequenas provas, ainda tive de fazer uma improvisação de cerca de 2 minutos no palco... tudo a contar para a pontuação final... tudo surpresa... tudo sem preparação!

Improvisação dos piratas

Enfim, foi uma prova memorável! Muita animação todo o fim-de-semana e, apesar de termos levado a competição a sério, divertimo-nos imenso! Sem dúvida uma actividade a repetir por muitos e longos anos!

Mas agora vamos ao que interessa! As pontuações. Estávamos convictos que a prova nos tinha corrido bem, excepto a de Domingo de manhã, em que metemos os pés pelas mãos nas respostas de algumas perguntas. O primeiro lugar estava fora de questão (pensávamos nós) mas a esperança de ficar em 3ª ainda existia!

Para nossa desilusão, ficamos no pior lugar de todos, aquele que fica logo a seguir aos bons prémios, às viagens! O quarto lugar...

Esperamos pelas pontuações finais, para perceber o que tinha corrido menos bem e a que se devia tanto azar!

Total | Improvisação | Dia 1 | Dia 2 | Cromos | Caderneta

Quando abri o e-mail das classificações, enviado dias depois, nem queria acreditar: estávamos em 3º lugar! Tinha havido engano na contagem dos pontos. 3 pontos de vangatem (em 2500) deram-nos a viagem a Maiorca! Apenas 16 pontos separaram a nossa equipa do 6 lugar (que levou umas garrafas de vinho para casa). Sabem o que são 16 pontos? São apenas 16 cromos... cromos esses que se trocavam entre equipas, no final da prova, às dezenas. Cheguei a fazer vários negócios de "cromos raros", depois de ter a nossa caderneta completa, trocando 1 cromo meu (raro) por 40 cromos repetidos de uma equipa que ainda nao tinha a caderneta completa!

Fantástico, mais uma viagem, desta vez 7 dias para Maiorca em pensão completa! Objectivo cumprido, graças ao nosso maravilhoso trabalho de equipa:

Natália, Jorge, Paula, Célia, Rui e eu

Pró ano é para ficar em primeiro!

17 maio 2009

Pés de gato voador

A Decathlon teve a excelente ideia de promover o seu novo modelo de pés-de-gato com um passatempo de escalada: o escalador mais rápido a subir uma parede de escalada propositadamente montada para o efeito na fachada da loja, levaria para casa um par de pés-de-gato. Eu agradeci a ideia.


Logo no primeiro dia do passatempo, dirigi-me à parede equipado a rigor (o que motivou algum alvoroço entre os funcionarios) e preparei-me para bater o anterior record de 29 segundos. Mais confiante que a audiência, usei a minha única tentativa para subir a parede em pouco mais de 16 segundos.

Não contente com a prestação, pedi para treinar 5 a 10 minutos, (já sem contar para o passatempo). Baixei o tempo para 11 segundos e fui para casa, confiante que 16 segundos à primeira tentativa seria um tempo difícil de bater.

No Domingo tive a confirmação: os pés-de-gato eram meus! O segundo melhor tempo foi quase de 20 segundos e eu levei para casa mais um par de pés de gato, que tanto jeito me dão.

10 maio 2009

Curto-circuito

- Ui, usas a máquina de barbear no duche? Ainda apanhas um choque!
- Não porque não tem voltagem nem amperagem suficiente...
- Não tem o quê?
- Olha, se tocares numa pilha com os dedos nas pontas, também não apanhas choque, certo?
- Oh, mas a pilha não está molhada!

09 maio 2009

Dádiva de aferese

Da última vez que fui dar sangue ao IPO de Lisboa, 'cravaram-me' para doar plaquetas pois "tinha boas veias". Apesar de ser parecida com uma dádiva de sangue normal, esta dádiva é bastante diferente. Consiste em estar ligado a uma máquina que separa os vários componentes do sangue, extraindo-os e devolvendo de seguida o sangue ao meu corpo.


A previsão para a minha colheita era de 70 minutos para recolher plasma, plaquetas e glóbulos vermelhos. Depois de já estar ligado à máquina com uma agulha bastante grande, explicaram-me o que tinha de fazer para 'ajudar' a máquina na recolha e retorno do meu sangue, bem como de alguns efeitos secundários. Relaxadamente a ver podcasts, não estava muito atento à máquina e ela chateou-se. "Pressão baixa", queixava-se em espanhol. Uma enfermeira antipática a querer ser simpática diz-me para ajudar a máquina... "senão não valia a pena cá vir". Eu lá desliguei o iPod e fiquei a olhar para o indicador de pressão arterial da máquina, esforçando-me por mantê-lo a níveis óptimos.

Quando chega a enfermeira simpática, pergunta-me se está tudo bem, ao que respondo com um desconfiado e conformado "sim...". Ela percebe logo que algo não está bem:
- O que se passa?
- Estou um bocadinho enjoado e sinto o corpo ligeiramente dormente... mas estou bem!
-
Enjoos não são normais, vou chamar a médica.
- Mas... mas... quando dou sangue estou ainda mais enjoado! É normal.
-
Na dádiva de sangue é normal, aqui não.

Chegada a médica dá ordem para desligar a máquina (aos 40min de dádiva) e para me trazerem um café. Sobe-me as pernas e baixa-me a cabeça, pedindo-me para tossir, enquanto faziam leituras consecutivas de pressão arterial na minha perna.

Depois de me retirarem a agulha, passam a ler a pressão arterial directamente no braço (medições mais precisas) e vão-me buscar o 2º café.
- Estou com a tensão baixa? - deduzo eu de uma forma muito perspicaz!
- A máquina diz que estás morto.
- Oh, está avariada...
- Está, está... bebe lá o café todo até ao fim!

Algum tempo depois sobem-me ligeiramente a cabeça (estava quase de pernas para o ar) e consigo ver a leitura da pressão arterial: 5,5 - 11,0.
- 5.5? É um bocadinho baixo, não é?
- Já esteve a 4.
- Hum... medido na perna ou no braço?
- Nos dois...

Eu sentia-me bem. Mal desligaram a máquina fiquei completamente normal e bem disposto. Mas se a máquina não estava avariada, com aquela pressão arterial desmaiaria ao levantar-me da maca.

Já agora, Sra. enfermeira antipática: se a máquina disse "pressão baixa" era porque ela estava baixa. Ok?